Uma investigação do G1 revelou que nove servidores federais estão entre os 149 mil procurados pela Justiça com mandados de prisão em aberto. Quatro deles respondem por crimes de estupro de vulnerável, ameaça e embriaguez ao volante, enquanto outros quatro são alvo de mandados de prisão por não pagamento de pensão alimentícia.
O caso de um vigilante condenado por estupro de vulnerável
Carlos José de Figueiredo, vigilante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foi condenado por estupro de vulnerável e está sendo procurado desde novembro para cumprir uma pena de 12 anos de prisão. A universidade informou que repudia atos de violência e que condutas de seus servidores fora das funções institucionais não podem ser alvo de processos administrativos.
Outros casos
Outros servidores federais também estão sendo procurados pela Justiça, incluindo um agente ambiental do Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, que é procurado desde maio para cumprir um mês de prisão em regime semiaberto por ameaçar a ex-companheira. Um assistente de administração do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) também está sendo procurado desde novembro para cumprir sete meses de prisão em regime semiaberto por dirigir embriagado.
Consequências para os servidores
A perda do cargo não é automática para os servidores que são alvo de mandados de prisão. É necessário um julgamento no qual o juiz declare expressamente essa decisão, levando em consideração a natureza do crime e sua relação com as funções exercidas pelo servidor. Além disso, os órgãos públicos podem abrir investigações administrativas independentemente do andamento do processo criminal.