Uma aposentada de 64 anos procurou a Polícia Civil de Marília para denunciar um caso suspeito de apropriação indébita envolvendo a venda de seu veículo, um Chevrolet Tracker, modelo 2021, com valor estimado entre R$ 93 e R$ 103 mil. O investigado é o dono de um estacionamento. Para a polícia, a idosa contou que deixou o automóvel com o “garagista” no dia 6 de maio para a venda.
O acordo, que teria sido feito apenas de forma verbal, foi a venda do carro, com a transferência direta da dona para o futuro comprador. O responsável pelo estabelecimento comunicou à vítima, posteriormente, que o veículo havia sido vendido. No entanto, até o momento, a aposentada não recebeu nenhum valor referente à negociação. Desconfiada da situação, ela passou recentemente em frente ao estabelecimento e constatou que o local estava fechado. A informação dos vizinhos seria de que a loja não abre há vários dias. A vítima tentou entrar em contato com o responsável, que respondeu mensagens, mas se recusou a atender ligações telefônicas, alegando estar ocupado.
A situação se agravou após a mulher verificar, através do serviço de rastreamento da montadora, que o veículo já percorreu mais de mil quilômetros desde que foi deixado no estacionamento, indicando que está em circulação, possivelmente, fora de Marília. A aposentada informou ainda que o dono do estacionamento está na posse apenas de uma cópia do documento do carro, sem condições de formalizar transferência, e que não existe nenhum contrato formal de venda. A polícia apura o eventual crime de apropriação indébita, conforme o artigo 168 do Código Penal.