A Polícia Civil de Marília investiga dois casos de estelionato em que criminosos usaram a identidade de advogados para aplicar golpes. Um dos relatos foi feito por um causídico, que teve seu nome usado. A outra denúncia foi de um cliente, que perdeu dinheiro. Advogado de vasta atuação em Marília, de 48 anos, procurou a delegacia após ser informado por clientes que um golpista estava se passando por ele. Segundo relatou, o estelionatário usava uma conta de WhatsApp com a foto dele e fazia contato com os clientes, mencionando informações verdadeiras sobre processos. O criminoso pedia valores em dinheiro, dados bancários, contas e até senhas, sob o pretexto de realizar depósitos. O advogado relatou que não é titular do número usado no golpe (DDD11) e reforçou que se trata de uma fraude utilizando sua imagem e seus dados profissionais. No outro caso, um aposentado de 71 anos foi vítima, na outra ponta de esquema parecido. Ele relatou que possui um processo de aposentadoria de um filho, conduzido por um advogado de Marília [não se trata do profissional citado anteeriormente]. No início da semana recebeu uma mensagem de WhatsApp, que trazia a foto do causídico e informações detalhadas sobre o processo, informando que havia uma quantia de cerca de R$ 80 mil para ser liberada. Durante a conversa, o golpista pediu um pagamento de R$ 3.084,39, supostamente referente ao imposto de renda para liberar o valor. ºAcreditando na veracidade das informações, o idoso fez um PIX para uma conta em nome de “Antônio Anderson da Silva Pereira”, um titular totalmente desconhecido. Após o pagamento, o criminoso ainda tentou extorquir mais R$ 6 mil, alegando a necessidade de seguro. Somente quando foi ao banco, o homem foi alertado sobre o golpe e, então, procurou a Polícia Civil para registrar a ocorrência.