Um ajudante de pedreiro de 35 anos foi preso na manhã desta terça-feira (3), depois de ser autuado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília em uma tentativa de feminicídio. O crime aconteceu em contexto de violência doméstica. O autor teria tentado atropelar a própria companheira, após perseguição na zona oeste da cidade. A mulher, que trabalha como vendedora e tem 34 anos, foi atingida em via pública quando fugia do agressor no Jardim Fontanelli. Ela saiu mais cedo do trabalho e foi para casa, a fim de tentar se proteger do acusado. Consta em registro de ocorrência que policiais militares foram acionados por volta das 10h30 para atender a ocorrência. No local, encontraram a vítima caída no chão, com dor e lesões pelo corpo, já cercada por populares, que tentavam protegê-la. O agressor ainda estava no local e apresentava comportamento alterado, segundo a polícia. A vendedora relatou que estava sendo constantemente ameaçada e agredida pelo companheiro. Naquela manhã, ele foi até o local de trabalho da esposa para exigir que ela retornasse imediatamente para casa. Diante das ameaças, a vítima decidiu ir embora a pé, mas foi seguida pelo autor, em uma motocicleta. Já perto de sua casa, foi intencionalmente atropelada pelo agressor, que ainda se apossou do celular dela. A vítima foi socorrida pela equipe do Corpo de Bombeiros e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona norte. A polícia narrou que houve uma breve fuga, antes da chegada dos PMs, mas o agressor retornou à cena do crime a pé, onde foi detido pelos militares e algemado depois de tentar resistir à prisão. Na delegacia, o homem assumiu o atropelamento alegando que a vítima teria desobedecido sua determinação ao sair para trabalhar. Em tom de deboche, declarou à autoridade policial que “não seria a ‘Mariazinha da Penha’ que o colocaria na cadeia” e ameaçou reencontrar a mulher após ser solto. O ajudante de pedreiro foi encaminhado à carceragem da Central de Polícia Judiciária (CPJ) onde passaria por audiência de custódia. A Polícia Civil já requisitou que a prisão em flagrante seja convertida em preventiva, ou seja, até julgamento ou juízo contrário.