A Polícia Civil de Garça confirmou a prisão preventiva do tatuador Renato Gomes de Freitas Júnior, 30 anos, acusado do homicídio do adolescente Iago de Oliveira Fernandes, de 15 anos, morto a tiros em frente à sua casa, na Vila Araceli, na noite de 4 de janeiro do ano passado. O mandado foi expedido em 7 de outubro de 2024 pela juíza da 1ª Vara Criminal do Fórum da Comarca de Garça. De acordo com o delegado Adriano Marreiro, titular do Setor de Investigações Gerais (SIG) e responsável pelo caso, o acusado havia se entregado à polícia após o crime, confessando a autoria e colaborando com as investigações. Na ocasião, a polícia descartou solicitar sua prisão preventiva, permitindo que ele, por ser réu primário e não ter sido preso em flagrante, respondesse em liberdade. “Depois do crime ele se apresentou, confessou e deu todas as circunstâncias em que ocorreu o homicídio e a motivação.

Segundo a versão dada pelo suspeito, é que a mãe dele havia sido vítima de estupro praticado pelo Iago, e por mais outro rapaz. Ela é usuária e fazia programas a troco de dinheiro para usar drogas. Em um desses programas teria havido algum inesperado”, informou o delegado na época da investigação do crime, salientando que o estupro já vinha sendo apurado pela Delegacia da Mulher. Segundo Marreiro, o estupro seria a motivação, mas tal motivo não muda o fato do suposto autor ter cometido o homicídio. No entanto, Renato perdeu esse direito após ser acusado de coagir uma das testemunhas do caso. Com isso, a Promotoria solicitou sua prisão até que o crime seja julgado pelo Tribunal do Júri. Na manhã desta quarta-feira (6), Renato Gomes de Freitas Júnior se apresentou espontaneamente à Delegacia de Polícia de Garça, acompanhado de seu advogado. Após os trâmites legais e exame médico cautelar, ele foi encaminhado à Central de Polícia Judiciária de Marília/SP, onde aguardará audiência de custódia. O homicídio qualificado segue em tramitação na Justiça e, agora, com o acusado sob custódia, a expectativa é que o julgamento ocorra nos próximos meses.

O adolescente foi morto a tiros na noite de 4 de janeiro de 2024, em Vila Araceli. De acordo com o registro do caso, às 22h34 a Polícia Militar foi acionada com a informação de disparo de arma de fogo contra uma pessoa. No local, os militares verificaram que a vítima já estava sendo socorrida pela unidade de resgate do Corpo de Bombeiros. O menor foi levado até a UPA de Garça. Uma testemunha disse que estava pelo local dos fatos, junto com Iago, quando viu uma pessoa em uma moto de pequeno porte, transitando pela rua Martin Afonso de Souza. Segundo essa testemunha, o assassino parou na esquina da residência, desceu da moto e chamou a vítima pelo nome que, ao se aproximar, foi atingida pelos tiros. Em seguida, o motociclista fugiu. Conforme apurado inicialmente, foram ouvidos quatro disparos. Três projéteis atingiram Iago, que foi alvejado no pescoço, rosto próximo da orelha esquerda, e nas costelas. Iago não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de socorro. A polícia foi informada que a vitima foi atingida por pelo menos três disparos.