A comunidade garcense, que ainda tenta assimilar o brutal duplo feminicídio ocorrido no início desta emana, é novamente impactada por mais uma morte violenta. A vítima desta vez é o trabalhador rural Cristiano Aparecido Fernandes de Abreu, 38 anos, que foi morto a facadas por seu companheiro, o também trabalhador rural José Carlos costa, de 41 anos, crime ocorrido na noite desta quinta-feira.
Por volta das 22h55, os policiais militares foram acionados no Sítio São Francisco, localizado na estrada Fazenda Cachoeira. A informação era de que um indivíduo havia sido assassinado. No endereço, os PMs fizeram contato com o autor que, inicialmente, teria dito que o companheiro tinha chegado ferido e caído na escada da porta da cozinha. No entanto, após novos questionamentos, Costa confessou o crime.
Segundo apurado, os dois indivíduos, que moram juntos na mesma residência, consumiram drogas e álcool durante o dia todo. Em certo momento os dois se desentenderam e José Carlos desferiu dois golpes de faca no companheiro. Uma das facadas atingiu profundamente a região das nádegas e a outra superficialmente na altura do braço.
A vítima caiu perto da porta da casa. Uma testemunha contou que, por volta das 18h, teria ouvido uma briga entre os dois, foi até a porta da casa, onde viu Cristiano caído, ensanguentado e ainda discutindo com o autor. De acordo com o relato da testemunha, era comum os dois brigarem. Somente horas depois José Carlos foi ver como estava Cristiano, que permanecia caído e agonizando. Só então acionou a polícia inventando uma história que não convenceu os policiais e acabou confessando. Com a chegada dos Bombeiros a morte de Cristiano, foi constatada. O acusado indicou a faca usada no crime. O objeto estava ao lado da pia, já lavado. Costa também teria confessou que tinha limpado o local do crime antes da chegada dos policiais.
Costa foi preso e encaminhado até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília, onde permanece à disposição da Justiça. Segundo a polícia, ao que tudo indica, os fatos ocorreram durante a tarde e a vítima morreu depois de aparente severa perda de sangue. A Polícia Civil pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. O serviço funerário aguarda a família da vítima para definir velório e horário do sepultado, após a liberação por parte do Instituto Médico Legal (IML).