Já imaginou seu nome numa planilha com críticas que variam de “profissional exemplar” a “não entrega nada”? Foi o que aconteceu nos últimos dias, quando uma planilha recheada de avaliações anônimas sobre influenciadores digitais vazou e virou o centro das atenções.
Para ficarmos na mesma página: Ao que parece, a "turma da Vila Madá” (agências de publicidade) costuma usar essa planilha para evitar decepções ou dores de cabeça com influencer: “fulano é metido, ciclano não segue o briefing” — e por aí vai.
Basicamente, a planilha expõe opiniões sobre o comportamento, cumprimento de prazos e a qualidade das entregas de influenciadores.
Só que quando isso vazou… Claro. Gerou muita polêmica e até fez alguns influencers gravarem vídeos se explicando. Sem falar nos clássicos memes.
Fora isso, nunca um arquivo .csv foi capaz de gerar tantas discussões sobre a relação entre criadores de conteúdo e marcas. O episódio trouxe à tona uma discussão maior sobre a profissionalização e os desafios do marketing de influência.
Estou falando (I) de empresas que dominam R$ 58 bilhões do orçamento de marketing das maiores companhias do país e (II) dos maiores nomes de um mercado que cresce ano a ano e é cada vez mais parte das estratégias de marketing das marcas.
No fim do dia, a forma que as marcas escolhem seus parceiros depende muito da opinião do público — e também dos tomadores de decisão das agências — sobre os influenciadores. Nunca um .csv se conectou tanto com os stories.
Para se ter uma ideia, o Brasil tem mais de 10 milhões de influenciadores, sendo que cerca de 500 mil têm +10K seguidores. No mundo, esse mercado deve alcançar US$ 480 milhões até 2027.