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No final da semana, chegou ao Brasil um voo com 88 brasileiros deportados pelo governo americano que deu o que falar na mídia brasileira. O avião com os deportados chegou em Minas Gerais no sábado, e precisou fazer uma parada em Manaus antes, por problemas técnicos. Nessa parada, a PF descobriu que os deportados estavam sendo trazidos algemados, o que foi suficiente pra virar debate político.
Um lado argumentou que os deportados são trazidos algemados ao país desde os anos 80, e que existe um acordo de 2017 para diminuir o tempo que imigrantes ilegais ficavam presos nos EUA.
Já o outro lado disse que o uso de algemas fere os direitos humanos, e que as condições do acordo não estavam sendo respeitadas, colocando os deportados em situações degradantes.
Não é só no Brasil…
Na Colômbia, o presidente Petro se negou a receber voos com deportados sendo “mal-tratados”. Em resposta, Trump havia anunciado que vai taxar em 25% todos os produtos colombianos que entrarem nos EUA — e que aumentaria para 50% em uma semana.
Poucas horas depois, o governo colombiano anunciou que concordou com os termos da Casa Branca e que vai voltar a receber os deportados.
Essa atitude é uma das várias que Trump garantiu que tomaria em relação à imigração ilegal, e que começaram a ser realizadas com apenas uma semana de governo — sendo apoiadas por 47% dos americanos. Trump declarou uma emergência nacional na fronteira com o México, reativando a construção do muro entre os dois países, além de ter revogado a cidadania por nascimento — que foi negada por ser considerada inconstitucional — e introduzir boias anti-imigrantes nas fronteiras.
Estima-se que cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais residam nos EUA atualmente. Desses, cerca de 230 mil são brasileiros.