Pelo 6º mês seguido, o Brasil teve um déficit nominal maior que R$ 1 trilhão . Embora o rombo tenha diminuído de um mês para o outro, faz pelo menos meio ano que o país gasta muito mais do que arrecada em impostos.
Em uma linguagem mais simplificada: nessa conta, os juros da dívida também ganham no prejuízo; ou seja, tudo que o nosso país deve de juros dos empréstimos que fizeram estão sendo contados — e eles são responsáveis por +75% desse rombo nominal. Isso enquanto temos a 3ª maior taxa de juro real do mundo .
O crescimento do déficit entre os estatais se deu em mais de 250%. As empresas públicas brasileiras fecharam com R$ 7,4 bi no negativo entre janeiro e setembro — o maior valor já registrado desde 2012.
Já a dívida bruta brasileira, ou seja, tudo que o governo deve, chegou a 78,3% do PIB, representando R$ 8,9 trilhões. Quando Lula subiu à rampa do Planalto em jan/23, essa relação era de 72%.
Nas projeções do próprio governo, a dívida pública vai continuar subindo até 2027 , quando deverá atingir o pico de quase 80% do PIB . Tanto que o governo fez uma revisão da meta fiscal — a meta de superávit de 2025 chega para 2026.